MERMITÍDIOS
ARANHAS ESPINHOSAS
ARANHA-FLOR
CRAVOS DO ROSTO
PSEUDOSCORPIÕES
A ordem Pseudoscorpiones possui cerca de 3.000 espécies descritas (HARVEY, 1990) distribuídas pelo mundo todo. HARVEY (1992) recentemente propôs a divisão dos pseudoscorpiões em 24 famílias, agrupadas por sua vez em duas subordens, Epiocheirata e Iocheirata. Em relação ao número de espécies descritas, a família Chernetidae é a mais representativa, englobando aproximadamente 20% das espécies da ordem citadas em HARVEY (1990), seguida por Chthoniidae (17%), Neobisiidae (15%), Olpiidae (10%), Cheliferidae (9%), Atemnidae (6%) e Withiidae (5%). O restante das famílias possui menos de 5% das espécies descritas na ordem e perfaz 18% da totalidade de espécies.
Pseudoscorpiões são animais pequenos, que não passam de 1 cm de comprimento. Possuem o prossoma não segmentado com seis pares de apêndices: as quelíceras, os pedipalpos e os quatro pares de pernas. As glândulas de seda se localizam no prossomo e se abrem na ponta do dedo móvel da quelícera. As glândulas de veneno, quando presentes, se localizam na quela do pedipalpo e se abrem na ponta de um ou ambos os dedos, sendo um carácter de valor taxonômico. Os olhos - em número de dois, quatro ou ausentes - situam-se nos cantos laterais anteriores da carapaça (WEYGOLDT, 1969).
O opistossoma, sem apêndices, possui doze segmentos e é arredondado posteriormente. O segundo e o terceiro esternitos estão transformados no opérculo genital (WEYGOLDT, 1969).
A maioria dos pseudoscorpiões passa a maior parte do tempo em fendas, dificilmente sendo vistos. Existe uma grande variabilidade de hábitats onde podem ser encontrados: serrapilheira, troncos caídos, sob cascas de árvores, frestas de rochas e pedras, ninhos de aves e mamíferos, pelagem de roedores e até mesmo no costão rochoso. Algumas espécies, principalmente de Chthoniidae e Neobisiidae, são cavernícolas, apresentando modificações associadas a animais que vivem nesse tipo de ambiente, como alongamento de apêndices e redução de olhos e pigmento (CHAMBERLIN & MALCOLM, 1960).
Um aspecto freqüentemente registrado em algumas espécies de pseudoscorpiões é a forésia, comportamento em que outro animal é utilizado como transporte; isso possibilitaria a dispersão de pseudoscorpiões. Pode-se citar como exemplo Codylochernes scorpioides, que é encontrado sob os élitros de um besouro (ZEH & ZEH, 1992) e diversos pseudoscorpiões da Amazônia (AGUIAR et al., 1992; AGUIAR & BÜHRNHEIM, 1992, 1998).
Pseudoscorpiões são predadores de pequenos artrópodes. Os tricobótrios, estruturas sensoriais sensíveis às vibrações do ar que se localizam nos pedipalpos, são responsáveis em grande parte pela detecção e orientação até a presa (SCHLEGEL & BAUER, 1994). Relacionado a isso, é freqüente a atividade de "grooming" dos pedipalpos, isto é, a limpeza através da passagem dos dedos palpais nas quelíceras.
A presa é agarrada pela quela do pedipalpo e imobilizada pela ação do veneno. Posteriormente, é passada às quelíceras. Em Chthonius, que, como todos Epiocheirata, não possui glândulas de veneno, as quelíceras são bem desenvolvidas e podem executar a função do pedipalpo, agarrando diretamente a presa. Chthoniidae, Neobisidae e algumas famílias relacionadas trituram a presa com as quelíceras, ao mesmo tempo que o alimento é digerido por um fluido proveniente da cavidade oral. Posteriormente o conteúdo digerido é ingerido.
Outros grupos, como Chernetidae, fazem um pequeno orifício na parede do corpo da vítima com as quelíceras, por onde é injetado um fluido enzimático. O conteúdo digerido é então ingerido. Durante a alimentação os pedipalpos ficam livres para defesa, caso outro animal se aproxime (GILBERT, 1951; WEYGOLDT, 1969).
Os sexos são separados e o dimorfismo sexual varia entre os diferentes grupos. É praticamente inexistente em Neobisiidae e Chthoniidae, e bem desenvolvido em algumas espécies de outras famílias como Chernetidae e Cheliferidae (HEURTAULT, 1994). Como exemplo de dimorfismo sexual encontrado em algumas espécies de Chernetidae, pode-se citar a diferença morfológica e/ou de tamanho de pedipalpos entre os sexos (ZEH, 1987).
A transferência de espermatozóides é indireta e se dá por intermédio de um espermatóforo, que varia morfologicamente entre as espécies. O modo de fecundação também apresenta grande variabilidade entre os pseudoscorpiões: sem acasalamento, quando o macho produz e libera o espermatóforo com ou sem a presença da fêmea para estimulá-lo; e com acasalamento, em que ocorre ou não o firme contato entre o par durante a dança copulatória (WEYGOLDT, 1969).
A ausência de pareamento foi registrada para Chthoniidae, Tridenchthoniidae, Pseudogarypidae, Neobisiidae, Garypidae e alguns Olpiidae. Os machos depositam espermatóforos, que apresentam estrutura simples, no substrato, independente da presença da fêmea. Esta é atraída quimicamente ao espermatóforo, quando chega ao local. Em algumas espécies, como Chthonius tetrachelatus e Cheiridium museorum, os machos destróem espermatóforos velhos, depositando um novo no mesmo local (WEYGOLDT, 1969).
Em algumas espécies de Olpiidae, o macho só produz e deposita o espermatóforo no substrato se há uma fêmea no local. O macho de Serianus carolinenses faz um caminho utilizando fios de seda para guiar a fêmea até o espermatóforo. Essa seda é produzida em glândulas opistossomais existentes apenas em machos dessa espécie (WEYGOLDT, 1969).
A cópula com acasalamento, assim como a ocorrência de espermatóforos complexos, foi registrada apenas para Cheliferoidea, que engloba as famílias Withiidae, Cheliferidae, Chernetidae e Atemnidae (HARVEY, 1992). Em Chernetidae, os machos seguram os pedipalpos das fêmeas e o casal executa uma dança de acasalamento; o macho guia a fêmea até o espermatóforo, após sua deposição. Em Cheliferidae, dois longos órgão tubulares evaginam-se da região sexual do abdômen do macho durante a corte, e o contato entre o casal é mínimo, com a fêmea acompanhando os movimentos de cortejo do macho (KEW, 1912; WEYGOLDT, 1969).
A comparação de diferentes métodos de fecundação leva à suposição da evolução, dentro da ordem, de um simples comportamento sem acasalamento (e.g. Chthoniidae, Neobisiidae) a um comportamento mais complexo, em que ocorrem danças copulatórias (e.g. Chernetidae, Cheliferidae) (ZEH & ZEH, 1997).
Pseudoscorpiões são ovovivíparos. As fêmeas carregam seus ovos em uma bolsa incubadora que fica unida externamente à genitália, e nutrem seus embriões. Os embriões desenvolvem uma estrutura para absorver o fluido nutritivo, o órgão bombeador. As fêmeas podem construir um ninho de seda, onde permanecem até a eclosão das ninfas (WEYGOLDT, 1969).
TEIAS DAS ARANHAS
Como as aranhas fazem teias?
Ela, por instinto básico, arremessa a teia calculadamente onde quer tecer a teia. como o lugar de uma teia é longe, e ela percebe isto através de seus 8 olhos, ela engrossa o calibre da teia para não arrebentar facilmente com o vento e com insetos e arremessa a teia através de suas glândulas tecedoras de teia como um tiro.
Depois é só ir fazendo o resto. Conforme a distancia ela engrossa ou não a teia, quando as distancias são curtas, a teia é fina, pra poupar energia, pois cada teia solta é proteínas que ela precisou ingerir de insetos para produzir aquela teia.
Aranha faz a teia com fios de proteína
Quantos tipos de teia existem?
Na parte de trás do abdome da aranha existem glândulas chamadas sericígenas, que secretam um tipo de proteína. “Dentro da glândula ela está líquida, mas assim que entra em contato com o ar torna-se um fino fio de seda com o qual será construído a teia”, explica o biólogo Hilton Japyassu, do Instituto Butantan, em São Paulo. Sua estrutura e formato vão depender da finalidade.
Existem quatro tipos principais.
As teias de captura são as que vemos com mais facilidade porque a aranha a tece em locais abertos, onde os insetos passam. Ela lança um fio principal e, a partir dele, organiza uma espécie de rede. Parte dela é coberta com uma substância viscosa na qual as vítimas ficam coladas.
As teias de refúgio são a casa das aranhas, formadas por um grande emaranhado de fios, muitas vezes parecendo tubos.
As teias de cópula formam uma espécie de copinho nos quais o macho deposita o esperma para depois colocá-lo na fêmea.
Algumas espécies de aranha trocam seu esqueleto (que é externo, como o das baratas) pendurado em fios. São as chamadas teias de muda.
Para construir a teia, uma aranha leva entre 20 e 30 minutos. A durabilidade de cada uma varia de horas até mais de uma semana. Existem 4 000 espécies de aracnídeos conhecidos no mundo e todos eles produzem pelo menos um dos quatro tipos. Os fios de seda podem também ter outra finalidade: as aranhas papa-moscas, comuns dentro das casas, o usam para não cair. Ao se locomoverem, elas pulam de um lugar para o outro. A cada pulo, criam mais um fio que garante sua segurança. Já as aranhas conhecidas como dinopis fabricam uma rede, ficam segurando até que apareça uma presa e jogam-na, como uma armadilha, para aprisionar a vítima.
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